quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Verão 2012 (Alentejo)
O meu Alentejo
Meio-dia. O sol a prumo cai ardente,
Dourando tudo…ondeiam nos trigais
D´ouro fulvo, de leve…docemente…
As papoulas sangrentas, sensuais…
Andam asas no ar; e raparigas,
Flores desabrochadas em canteiros,
Mostram por entre o ouro das espigas
Os perfis delicados e trigueiros…
Tudo é tranqüilo, e casto, e sonhador…
Olhando esta paisagem que é uma tela
De Deus, eu penso então: onde há pintor,
Onde há artista de saber profundo,
Que possa imaginar coisa mais bela,
Mais delicada e linda neste mundo?!
Florbela Espanca
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Pensador
"Apoiando na mão rugosa o queixo fino,
O Pensador reflete que é carne sem defesa:
Carne da cova, nua em face do destino,
Carne que odeia a morte e tremeu de beleza.
E tremeu de amor; toda a primavera ardente,
E hoje, no outono, afoga-se em verdade e tristeza.
O "havemos de morrer" passa-lhe pela mente
Quando no bronze cai a noturna escureza.
O Pensador reflete que é carne sem defesa:
Carne da cova, nua em face do destino,
Carne que odeia a morte e tremeu de beleza.
E tremeu de amor; toda a primavera ardente,
E hoje, no outono, afoga-se em verdade e tristeza.
O "havemos de morrer" passa-lhe pela mente
Quando no bronze cai a noturna escureza.
E na angústia seus músculos se fendem sofredores.
Sua carne sulcada enche-se de terrores,
Fende-se, como a folha de outono, ao Senhor forte
Que o reclama nos bronzes. Não há árvores torcidas
Pelo sol na planície, nem leão de anca ferida,
Crispados como este homem que medita na morte."
Gabriela Mistra
Os dias passam e a vida continua...pode ser dura e por vezes sem sentido algum...ficamos completamente domesticados pela sensação do nada e do vazio e do completo vácuo da nossa cabeça...É tempo de dizer basta e de erguer tudo o que vai na alma e gritar bem alto o que queremos para nós, para os outros, para a vida e para a morte TUDO TUDO TUDO....
Não quero ser mais um numa manada, desejo ser diferente, mostrar que sou diferente e que é possível fazer coisas variadas e com sentido...Quero ser eu... Quero ser tu... Quero ser nós... Quero viver...........
terça-feira, 22 de maio de 2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Inicio do meu mundo
Hoje vou desvendar um pouco de mim e revelar um dos meus pintores favoritos. Querem mesmo saber qual é? Será que os mais próximos sabem quais os artistas que admiro?
Hoje vou tentar iniciar uma viagem pelo meu mundo menos conhecido e pelos mais diversos artistas...
Miró "Bailarina" - 1925
As telas de Joan Miró são de uma alegria contagiante, de um movimento transcendente, de um aroma que tanto é da cidade como da mais profunda floresta. Ver, admirar, contemplar um quadro de Miró é um sentimento diferente é ficar emocionado (não a chorar), mas com tudo o que nos passa com aquele mundo de cores, formas e simbolismos. Muita das vezes é ficarmos perdidos no nosso pensamento e a vaguear pelo universo tão longe e tão perto...
Michel Foucault em "As Palavras e as Coisas", faz uma breve alusão à ligação entre a linguagem e a pintura "(...) a relação da linguagem com a pintura é uma relação infinita. Não que a palavra seja imperfeita e esteja, em face do visível, num déficit que em vão se esforçaria por recuperar. São irredutíveis um ao outro: por mais que se diga o que se vê, o que se vê não se aloja jamais no que se diz, e por mais que se faça ver o que se está dizendo por imagens, metáforas, comparações, o lugar onde estas resplandecem não é aquele que os olhos descortinam, mas aquele que as sucessões da sintaxe definem".
terça-feira, 15 de maio de 2012
Dia Internacional da Familia (15 de Maio)
O primeiro Dia Internacional da Família foi celebrado em 1994, a data foi escolhida pela Assembleia Geral da ONU, com a resolução A/RES/47/237 de 20 de Setembro de 1993 e reflecte a importância que a comunidade internacional atribui às famílias.
Os principais objectivos da celebração deste dia é:
- A importância da família na estrutura do núcleo familiar e o seu relevo na base da educação infantil;
- Reforçar a mensagem de união, amor, respeito e compreensão necessárias para o bom relacionamento de todos os elementos da família;
- Chamar a atenção da população para a importância da família como núcleo vital da sociedade;
- Sensibilizar e promover o conhecimento relacionado com as questões sociais, económicas e demográficas que afectam a família;
O Dia Internacional da Família promove a reflexão e a
discussão acerca do conceito de família nas sociedades do mundo inteiro. Pelo que nunca devemos descurar o nosso núcleo familiar por muito que conflituoso ou por algumas dificuldades que possam existir, será sempre nele que nos bons e maus momentos nos vamos rever e apoiar.
Agradeço publicamente à belíssima família que tenho!
domingo, 13 de maio de 2012
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Os teus olhos
Como se visses uma nuvem
Suspensa na verde montanha.
Os outros ficam a saber
Que nos amamos
Quando me disseste, "Estarei
Contigo", não vieste.
Que não vens, dizes agora,
Mas vou esperar-te...
Acaso te compreendi?"
Dama Otomo No Sakanoe
terça-feira, 1 de maio de 2012
Tradições
A origem da tradição das Maias perde-se no tempo. A Maia era uma boneca de palha de centeio, em torno do qual se dançava durante toda a noite do primeiro dia de Maio.
Ritual ligado aos ritos da fertilidade, do início da Primavera e do novo ano agrícola, José Leite de Vasconcelos refere o costume português das Maias como a mais antiga manifestação desta florida festa naturalística.
Com o advento do Cristianismo atribuiu-se a este velho ritual pagão um carácter religioso.
Quase todas as tradições populares recorrem à gastronomia, especialmente à doçaria, como forma de preservar e evocar essas memórias. No Algarve podemos encontrar o “queijinho de Maio”, um bolo cerimonial confeccionado na altura em que o figo é colhido e seco. É feito com camadas alternadas de figo e massa de amêndoa, sendo encetado apenas no dia 1 de Maio.
Manter viva a tradição das Maias e da celebração do Maio é um cuidado que as gentes do Algarve demonstram de ano para ano, nesta quadra, enfeitam janelas, varandas, logradouros e pátios de habitações. Esta tradição, contribui, ainda, para manter viva algumas tradições da doçaria e dos frutos secos, artes gastronómicas indissociáveis da vivência cultural das comunidades.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
As mulheres não ...
Três trintões, amigos de longa data, conversam durante uma hora. Sobre o quê? Sobre o que As Mulheres não Entendem... deixa antever o grande e divertídissimo teor desta brilhante peça. Aldo Lima, André Nunes e Rui Unas estão no Teatro Tivoli, em Lisboa, em sessões às 17h00 (domingos) e às 21h30 (de quinta-feira a sábado), para falar...
Adorei a peça e se conseguirem levem amigas, afinal nós temos conversas bastante elaboradas e muito sintéticas!
Adorei a peça e se conseguirem levem amigas, afinal nós temos conversas bastante elaboradas e muito sintéticas!
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Antero Quental
Antero Tarquínio de Quental nasceu em Ponta Delgada, a 18 de Abril de 1842, e é considerado uns dos melhores poetas da Língua Portuguesa.
Quental viria a morrer a 11 de Setembro de 1891, nos Açores que o viram nascer. Encontra-se sepultado no Cemitério de São Joaquim, em Ponta Delgada, mas a sua poesia permanece viva.
Abnegação
Chovam lírios e rosas no teu colo!
Chovam hinos de glória na tua alma!
Hinos de glória e adoração e calma,
Meu amor, minha pomba e meu consolo!
Dê-te estrelas o céu, flores o solo,
Cantos e aroma o ar e sombra a palmar.
E quando surge a lua e o mar se acalma,
Sonhos sem fim seu preguiçoso rolo!
E nem sequer te lembres de que eu choro...
Esquece até, esquece, que te adoro...
E ao passares por mim, sem que me olhes,
Possam das minhas lágrimas cruéis
Nascer sob os teus pés flores fiéis,
Que pises distraída ou rindo esfolhes!
Antero de Quental, in "Sonetos"
sábado, 14 de abril de 2012
Paris
Julien Green inicia o seu livro praticamente com a seguinte frase: «A alma de uma grande cidade não se deixa apreender facilmente; é preciso, para se comunicar com ela, termo-nos aborrecido, termos de algum modo sofrido nos lugares que a circunscrevem.»
Julien Green, nasceu no século XX no 17.º bairro, teve muitas oportunidades para se aborrecer e sofrer em Paris, como aliás qualquer parisiense que conheça a sua cidade.
O autor abdica de dizer «uma palavra a respeito dos grandes monumentos e de todos os lugares acerca dos quais se esperaria uma descrição como deve ser». Alguém falou em Torre Eiffel? Esqueçam. Green sempre lhe teve um ódio de estimação e sonhava mesmo eliminá-la, deixá-la longe da vista, debaixo de água. A Paris que lhe interessa não é a oficial, não é a que vem nos guias. É a outra, a «cidade secreta», vedada aos turistas e mais inacessível do que em tempos foi a mítica Timbuctu.
O fio condutor do livro está numa atenção obsessiva aos pormenores que escapam a um primeiro olhar, uma pequena igreja românica (a de São Julião); as árvores que ainda vão subsistindo depois de todos os abates; as escadas e escadarias; uma tempestade sobre o Palais-Royal; cenas de miséria humana; o céu cinzento; a brancura de Notre-Dame; as ruínas do Trocadéro;
O fio condutor do livro está numa atenção obsessiva aos pormenores que escapam a um primeiro olhar, uma pequena igreja românica (a de São Julião); as árvores que ainda vão subsistindo depois de todos os abates; as escadas e escadarias; uma tempestade sobre o Palais-Royal; cenas de miséria humana; o céu cinzento; a brancura de Notre-Dame; as ruínas do Trocadéro;
Green é sobretudo um flâneur !
Na juventude, começou por ver Paris como um cérebro humano. Mais tarde mudou de ideias: «Agora já não seria a um cérebro que eu compararia Paris, mas a um coração, um coração deitado, atravessado pela sua grande artéria, o Sena.»
É entre o cérebro e o coração, que muitas das vezes nos perdemos tal e qual como nos perdemos numa cidade. Paris será sempre a cidade perfeita para nos perdermos e encontrar-nos para um final que só os amantes conseguem escrever...
terça-feira, 10 de abril de 2012
Diário de Um Gangster Português
Vitorino Nunes passou 30 anos preso, ao todo, e conheceu quase todas as prisões do país. Mas concretizou o sonho de viver os últimos anos de vida em liberdade.
Este livro foi oferecido no meu aniversário, pode-se dizer é um livro diferente...
"Aos 11 anos a minha mãe mandou-me prender a ver se aprendia a lição e não voltava a desaparecer de casa. As prisões seguiram-se umas às outras, e aos 15 anos já tinha sido preso mais de 20 vezes.”
O seu cadastro tem mais de 20 folhas e a história da sua vida, com base em manuscritos e diários escritos dentro e fora da prisão, foi transformada em livro, “Diário de Um Gangster Português”, pelo jornalista André Rito.
Entre os manuscritos de Vitorino, cujo sonho era escrever um livro, não havia só diários. O Testa Rachada, como também era conhecido na prisão, depois de um acidente de mota que lhe valeu um traumatismo facial e craniano, compilou uma série de informações sobre plantas medicinais e suas utilizações. Foi um interesse que cultivou durante toda a vida e que lhe valeu a simpatia dos presos, já que, através de chás e afins, conseguia provocar sintomas estranhos que os levavam para a enfermaria, para umas férias da cela da prisão.
Além dessas notas, Vitorino apontou uma série de truques e esquemas para ter sucesso no crime, de como arrombar um cofre a falsificar um bilhete de identidade, truques esses incluídos no final do livro.
sábado, 7 de abril de 2012
Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura
Guimarães é a Capital Europeia da Cultura do ano 2012 em parceria com a cidade de Maribor na Eslovénia.
Reza a história que foi em Guimarães que Portugal nasceu como país e este facto leva-se muito a sério na cidade: ama-se a liberdade, sente-se orgulho no seu passado e nas suas gentes é uma cidade com história.
Este ano já visitei Guimarães, é uma cidade relativamente pequena, bem cuidada e nota-se o trabalho desenvolvido para receber a Capital Europeia da Cultura. Um fim-de-semana é suficiente para conhecer a cidade e um pouco da região, dar um "pulo" ao Porto, Fafe ou Braga é obrigatório. Aproveitar que Braga este ano também é Capital Europeia da Juventude e terá diversos eventos, não esquecendo que é a cidade mais antiga do país e uma das mais antigas da cristandade.
Como o vídeo de Guimarães 2012 diz: Devemos viver, sentir, sorrir, descobrir, aprender, mostrar e apaixonar-nos todos os dias por tudo aquilo que nos rodeia e por todos os que nos querem bem.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Páscoa
Estamos em tempo de Páscoa, passaram 96 dias desde o inicio do ano, à 96 dias atrás estávamos a fazer projectos e acreditar que neste novo ano íamos fazer todo aquilo que desejávamos.
Faltam 269 dias para terminar o ano, é neste momento que dizemos:
É tempo de começar de novo. Renascer. Renovar sonhos, esperanças e relacionamentos.
Páscoa Feliz para todos, todos os dias são dias para renascer!!!
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Perdido
Encontrei este poema perdido entre milhares de papéis aqui em casa...
Ter o que se quer,
Ter o que não se quer,
Perder o que se tem,
E o que não se tem.
Talvez a vida seja uma sucessão de acasos
Em que num momento temos tudo e no outro nada
Este nada não pode resistir pois não tem força
A força que temos para lutar, para conseguirmos o que queremos.
Ter, querer e poder são em tudo diferentes mas iguais
Temos o que não queremos,
Queremos o que não temos,
E podemos ter tudo e o nada em coisas iguais...
Para que serve uma árvore para um milhão de pessoas?
Como se deve sentir esse pequeno ser?
Pequeno ser como eu, que vive por viver
Que sente, o que não deve sentir.
Sentimento profundo? Talvez.
Talvez porque nunca temos a verdade
Verdade que se deve transmitir logo
E não esperar pelo dia de amanhã.
Pois o amanhã, já é hoje
E o hoje já é passado
Águas passadas, são como verdades esquecidas
Esquecidas, mas recordadas
Recordadas, como as rosas que nascem no jardim
Que ao fim de dias já estão murchas,
Esse é o sentimento do amor
Que dura enquanto é bom e do dia para a noite murcha.
Murcha e não sabemos porquê
Porque somos egoístas e não queremos dar um pouco de nós
Este pouco, que já é pouco ou nada
Surge no vazio imenso.
Esse vazio pode durar dias, meses, anos ou séculos
Mas o tempo passa e o sentimento fica
Fica porque marca e não se esquece.
Pois esquecer é perder uma parte da nossa vida
Vida que é minha ou nossa dependendo de cada um
Pois uns são felizes porque têm o que querem
Os infelizes têm o que querem mas têm falta de algo...
E esse algo está patente bem neles
Só não repara quem não quer
Querer é ver uma luz que se pode alcançar
E um dia voltar a iluminar-se com ela.
Pois o amor são como as lâmpadas,
é bom enquanto está acesso,
Quando apagamos uma lâmpada
Estamos na escuridão e ficamos sem amor,
Depois de tudo recordo aqui sentado
Com o meu pensamento tudo o que vivi
Talvez um dia venha a saber o que realmente foi
Só queria que realmente me dissesses o que foi
Pois o sentimento inútil da inutilidade
Está patente num inútil, que vai mostrar
Como a inutilidade serve para muita coisa
Coisas da vida que realmente foram e não voltam a ser
Para voltarem a ser, tem de ser pensadas
Pensadas, medidas e calculadas
Pois um passo errado pode levar-nos para uma vida errada
Mais vale um passo atrás do que dois para a frente
E de seguida cair num beco sem saída
Ter medo de alguém e da reacção, mostra algo
Algo que sente, pois se não sentisse não teria medo
Para mim tudo é banal
Banal como um telemóvel
Que serve para telefonar e matar
Matar algo que existia.
Amanhã para mim tudo é diferente tudo mudou
Vou voltar a ver-te como eras para mim antes de te conhecer
Pois amanhã se calhar vou-me esconder e não aparcer
Ou então vou colocar de lado...
domingo, 1 de abril de 2012
Peddy paper Lisboa
Hoje, dia das mentiras (1 Abril) fomos realizar um peddy paper pelas
ruas de Lisboa, onde o objectivo era procurar pormenores/detalhes e seguir as pistas
indicadas subordinadas ao tema Terramoto de Lisboa de 1755 e Conquista do
Castelo.
O jogo foi constituído por equipas de 5 elementos, onde foram testadas a capacidade
de concentração e de observação.
Uma tarde diferente a passar por locais de Lisboa menos conhecidos e com paisagens únicas...
Lisboa tem sempre o seu encanto!
sexta-feira, 30 de março de 2012
O Amor é uma Companhia
"O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores
altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio."
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio."
Alberto Caeiro
As palavras e a realidade são uma constante crispação interior/exterior até à maravilhosa explosão das palavras na realidade, num simples jogo de manobras, danças, olhares, presenças, cheiros, cores ......
quinta-feira, 29 de março de 2012
Concerto James Morrison
Numa noite em que as atenções estavam centradas no Benfica-Chelsea, lá fui eu (Brad Pitt) com mais três fanáticas de um tal James Morrison ao Coliseu de Lisboa que esgotou para o receber. O cantor apresentou o seu mais recente cd "The Awakening", editado em Setembro do ano passado.
Foi ao som de “Beautiful Life” que iniciou a noite. Um arrojado “Boa noite, tudo bem?” levou o público, maioritariamente feminino e jovem, à histeria total....
"And I know that it's a wonderful world
When you're with me."
Seguiram-se diversas músicas do último álbum com algumas a terem direito a dedicatórias e a pequenas histórias.
Os grandes momentos da noite foram “Up” – sem a presença de Jessie J. que colabora na música, “Broken Strings” numa versão acústica e “You Give Me Something” que dedicou a todos os seus fãs.
Houve ainda tempo para um encore, onde James Morrison tocou o single “The Awakening” que dá o nome ao seu novo trabalho e o tão esperado “Wonderful World”.
Uma palavra para a primeira parte do concerto que esteve a cargo da cantora portuguesa Mia Rose, que tocou alguns dos seus principais êxitos.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Dia do Livro Português
Hoje 26 de Março comemora-se o dia do Livro Português. Uma data que não poderia ser deixada em branco.
Leiam e, sobretudo, leiam em Português. Bons autores é o que não faltam.
A imagem mostra-nos uma livro em branco é nele que podemos escrever muitas das nossas histórias e guardá-las só para nós.
Boas Leituras !!!!
sábado, 24 de março de 2012
Limón y Sal
Quando escuto esta música com uma sonoridade de embalo, a doçura na voz da artista e uma letra simplesmente linda, o que se pode dizer?
Seria muito mais fácil dizer-lhe ao vivo e a cores mas por vezes diversos impedimentos não deixam revelar tudo o que se sente...
Tenho quase a certeza que tanto o vídeo como a música é do seu agrado...
Para os restantes recomendo as diversas músicas da Julieta Venegas.
...
"Yo te quiero con limón y sal,
yo te quiero tal y como estás,
no hace falta cambiarte nada.
Yo te quiero si vienes o si vas,
si subes y si bajas y no estás
seguro de lo que sientes
Sólo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar"
...
sexta-feira, 23 de março de 2012
Juan Gris
Juan Gris, pseudónimo de Juan José Victoriano González nasceu em Madrid a 23 de Março de 1887 faria hoje 125 anos.
Foi um dos mais famosos e versáteis pintores espanhóis na área do cubismo.
Iniciou a sua formação como pintor na Real Academia de Belas Artes de São Fernando.
Em 1906, mudou-se para Paris, a "cidade-luz", centro mundial das Artes. Ali conhece o artista que mais o marcou e influenciou, Pablo Picasso.
Em 1912, passou, finalmente, a integrar o movimento cubista, tornando-se assim, conhecido em todo o mundo.
Expôs nas melhores galerias de arte, até 1927, ano em que faleceu, com 40 anos de idade.
Foi um dos mais famosos e versáteis pintores espanhóis na área do cubismo.
Iniciou a sua formação como pintor na Real Academia de Belas Artes de São Fernando.
Em 1906, mudou-se para Paris, a "cidade-luz", centro mundial das Artes. Ali conhece o artista que mais o marcou e influenciou, Pablo Picasso.
Em 1912, passou, finalmente, a integrar o movimento cubista, tornando-se assim, conhecido em todo o mundo.
Expôs nas melhores galerias de arte, até 1927, ano em que faleceu, com 40 anos de idade.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Aniversário
Hoje dia 22 de Março de 2012 fiquei satisfeito por saber que muita gente fez greve ao trabalho para vir festejar o meu aniversário, agradeço desde já a todos. Como também entendo todos os outros que por impedimentos laborais e económicos não puderam dispensar um dia para esta grandiosa festividade que são os meus 27 anos.
Foi um dia muito bem passado com uma óptima companhia que tem sempre um belíssimo sorriso na cara, é daqueles dias que se pode dizer PERFEITO... O local para o almoço teria de ser na minha zona favorita da cidade, Belém. Ali respira-se tranquilidade, vê-se novos horizontes e os raios de sol iluminam de uma outra forma...
O almoço de frente para o Padrão dos Descobrimentos, rio Tejo, Ponte 25 Abril e Cristo Rei são razões de sobra para irmos até à esplanada da Portugália de Belém degustar os seus bifes.
O período da tarde também teve a sua parte cómica, mas esta fica reservada aos intervenientes da mesma....
Nem tudo pode ser revelado...
quarta-feira, 21 de março de 2012
As árvores e a poesia
Hoje sendo o dia mundial da árvore e da poesia nada melhor que juntar a sombra de uma árvore e um livro de poesia.
"Eu espero, sim, que
essas árvores cresçam. Adormeço com elas todas as noites,
embalado pela sua sombra. Lembro-as de memória, sobre a relva verde.
Lembro as suas folhas, caindo de noite. Mesmo as que ainda não vi, eu espero que cresçam, que me esperem, que me abriguem nesse
dia em que mais precisarei delas, ouvindo o ruído do mar não muito longe.
Tenho, a cada minuto, saudades dessas árvores."
segunda-feira, 19 de março de 2012
A vida
A vida que nos deram não é nossa? Passa por nós, o que é diferente. Podias pelo menos tentar que passe por ti. E por mim, se não for pedir de mais.
Pedro Paixão
Pedro Paixão
domingo, 18 de março de 2012
Sabe-se lá ...
"O amor não começa
quando se quer, nem acaba quando se deseja. O amor é forte,
destemido, indomável. Se não fosses tu, eu seria outro, dizem-se
os amantes: eu quero viver na tua vida. Os amantes, adivinham-se sem
palavras, olham-se nos olhos à procura, fecham-se em quartos
pequeninos. Perdem-se um no outro, agarram-se com toda a força dos
dedos e dos braços, beijam-se sobre fundos abismos. O amor sempre
mete muito medo. O medo de vir a faltar, depois de tudo ter
prometido. Vai, mas não apanhes nenhum frio, e depois volta. Os
amantes regressam quando a luz é pouca a um supremo egoísmo. Eu e
tu e mais ninguém. O mundo pode desabar, o mar mudar de cor, a lua
cair de repente. Só importa o brilho dos teus olhos e o sangue a
bater nas minhas veias. Sabe-se lá o amor."
Pedro Paixão
Aceitas um café, chá ou cappuccino?
quinta-feira, 15 de março de 2012
Livro - Máscaras de Salazar
Algumas passagens do livro:
"A História de Portugal é uma oscilação entre a tirania e a anarquia, os portugueses odeiam os seus chefes e atacam-nos sem mercê até derrubá-los. Somos um povo eternamente saudoso, longe das realidades por termos vivido, em certos momentos, uma realidade heróica mas falsa. Estamos demasiadamente escravizados a um ideal colectivo que gira sempre à roda de glórias passadas. Temos o gosto doentio do que é estrangeiro, a ignorância, ou o desprezo, do que é português. Somos um país pobre, doente, que não suporta facilmente grandes injecções de ideias novas"
"Sou profundamente antiparlamentar porque detesto os discursos ocos, palavrosos, as interpelações vistosas, vazias, a exploração das paixões. O Parlamento assusta-me. Tenho horror ao partidarismo em Portugal. Os nossos partidos formaram-se à volta de pessoas, de interesses mesquinhos, de apetites, existindo para satisfazer esses apetites e interesses"
" Eu da fome não livro os portugueses, mas da guerra livro."
"As senhoras de sociedade que faziam parte das instituições de caridade eram umas intriguistas de primeira. Desviavam dinheiro dos peditórios para a canasta..."
"A História de Portugal é uma oscilação entre a tirania e a anarquia, os portugueses odeiam os seus chefes e atacam-nos sem mercê até derrubá-los. Somos um povo eternamente saudoso, longe das realidades por termos vivido, em certos momentos, uma realidade heróica mas falsa. Estamos demasiadamente escravizados a um ideal colectivo que gira sempre à roda de glórias passadas. Temos o gosto doentio do que é estrangeiro, a ignorância, ou o desprezo, do que é português. Somos um país pobre, doente, que não suporta facilmente grandes injecções de ideias novas"
"Sou profundamente antiparlamentar porque detesto os discursos ocos, palavrosos, as interpelações vistosas, vazias, a exploração das paixões. O Parlamento assusta-me. Tenho horror ao partidarismo em Portugal. Os nossos partidos formaram-se à volta de pessoas, de interesses mesquinhos, de apetites, existindo para satisfazer esses apetites e interesses"
" Eu da fome não livro os portugueses, mas da guerra livro."
"As senhoras de sociedade que faziam parte das instituições de caridade eram umas intriguistas de primeira. Desviavam dinheiro dos peditórios para a canasta..."
Do passado para o presente
"Quando a nação tiver esgotado os seus recursos,
Quando o país estiver privado da sua indústria e do seu comércio,
Quando
os operários, desmoralizados, pela política dos clubes e pela
estagnação das oficinas nacionais se deixarem recrutar para sobreviver,
Então, saberais o que é uma Revolução provocada por advogados, realizada por artistas, guiada por romancistas e poetas!
Despertai do vosso torpor, Montagnards, Feuillants, Cordeliere, Muscadins e Babouvistes!!"
Prudhon - (28/04/1848)
terça-feira, 13 de março de 2012
Nota de Introdução
Tudo o que será aqui publicado refere-se única e exclusivamente ao estado de espírito do autor e não tem a intenção de ferir susceptibilidades ou atacar quem quer que seja.
Desejo que seja um espaço de partilha do mais diverso tipo de experiências.
Estarei sempre aberto a sugestões de todos os que possam passar por esta minha simples página.
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