quinta-feira, 26 de abril de 2012

As mulheres não ...

Três trintões, amigos de longa data, conversam durante uma hora. Sobre o quê? Sobre o que As Mulheres não Entendem... deixa antever o grande e divertídissimo teor desta brilhante peça. Aldo Lima, André Nunes e Rui Unas estão no Teatro Tivoli, em Lisboa, em sessões às 17h00 (domingos) e às 21h30 (de quinta-feira a sábado), para falar...
Adorei a peça e se conseguirem levem amigas, afinal nós temos conversas bastante elaboradas e muito sintéticas!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Antero Quental

Antero Tarquínio de Quental nasceu em Ponta Delgada, a 18 de Abril de 1842, e é considerado uns dos melhores poetas da Língua Portuguesa.
Quental viria a morrer a 11 de Setembro de 1891, nos Açores que o viram nascer. Encontra-se sepultado no Cemitério de São Joaquim, em Ponta Delgada, mas a sua poesia permanece viva.

Abnegação

Chovam lírios e rosas no teu colo!
Chovam hinos de glória na tua alma!
Hinos de glória e adoração e calma,
Meu amor, minha pomba e meu consolo!

Dê-te estrelas o céu, flores o solo,
Cantos e aroma o ar e sombra a palmar.
E quando surge a lua e o mar se acalma,
Sonhos sem fim seu preguiçoso rolo!

E nem sequer te lembres de que eu choro...
Esquece até, esquece, que te adoro...
E ao passares por mim, sem que me olhes,

Possam das minhas lágrimas cruéis
Nascer sob os teus pés flores fiéis,
Que pises distraída ou rindo esfolhes!

Antero de Quental, in "Sonetos"

sábado, 14 de abril de 2012

Paris

Julien Green inicia o seu livro praticamente com a seguinte frase: «A alma de uma grande cidade não se deixa apreender facilmente; é preciso, para se comunicar com ela, termo-nos aborrecido, termos de algum modo sofrido nos lugares que a circunscrevem.»


Julien Green, nasceu no século XX no 17.º bairro, teve muitas oportunidades para se aborrecer e sofrer em Paris, como aliás qualquer parisiense que conheça a sua cidade.
O autor abdica de dizer «uma palavra a respeito dos grandes monumentos e de todos os lugares acerca dos quais se esperaria uma descrição como deve ser». Alguém falou em Torre Eiffel? Esqueçam. Green sempre lhe teve um ódio de estimação e sonhava mesmo eliminá-la, deixá-la longe da vista, debaixo de água. A Paris que lhe interessa não é a oficial, não é a que vem nos guias. É a outra, a «cidade secreta», vedada aos turistas e mais inacessível do que em tempos foi a mítica Timbuctu.
O fio condutor do livro está numa atenção obsessiva aos pormenores que escapam a um primeiro olhar, uma pequena igreja românica (a de São Julião); as árvores que ainda vão subsistindo depois de todos os abates; as escadas e escadarias; uma tempestade sobre o Palais-Royal; cenas de miséria humana; o céu cinzento; a brancura de Notre-Dame; as ruínas do Trocadéro;
Green é sobretudo um flâneur !
Na juventude, começou por ver Paris como um cérebro humano. Mais tarde mudou de ideias: «Agora já não seria a um cérebro que eu compararia Paris, mas a um coração, um coração deitado, atravessado pela sua grande artéria, o Sena.»


É entre o cérebro e o coração, que muitas das vezes nos perdemos tal e qual como nos perdemos numa cidade. Paris será sempre a cidade perfeita para nos perdermos e encontrar-nos para um final que só os amantes conseguem escrever...


terça-feira, 10 de abril de 2012

Diário de Um Gangster Português

Vitorino Nunes passou 30 anos preso, ao todo, e conheceu quase todas as prisões do país. Mas concretizou o sonho de viver os últimos anos de vida em liberdade.
Este livro foi oferecido no meu aniversário, pode-se dizer é um livro diferente... 


"Aos 11 anos a minha mãe mandou-me prender a ver se aprendia a lição e não voltava a desaparecer de casa. As prisões seguiram-se umas às outras, e aos 15 anos já tinha sido preso mais de 20 vezes.”

O seu cadastro tem mais de 20 folhas e a história da sua vida, com base em manuscritos e diários escritos dentro e fora da prisão, foi transformada em livro, “Diário de Um Gangster Português”, pelo jornalista André Rito.

Entre os manuscritos de Vitorino, cujo sonho era escrever um livro, não havia só diários. O Testa Rachada, como também era conhecido na prisão, depois de um acidente de mota que lhe valeu um traumatismo facial e craniano, compilou uma série de informações sobre plantas medicinais e suas utilizações. Foi um interesse que cultivou durante toda a vida e que lhe valeu a simpatia dos presos, já que, através de chás e afins, conseguia provocar sintomas estranhos que os levavam para a enfermaria, para umas férias da cela da prisão.

Além dessas notas, Vitorino apontou uma série de truques e esquemas para ter sucesso no crime, de como arrombar um cofre a falsificar um bilhete de identidade, truques esses incluídos no final do livro.

sábado, 7 de abril de 2012

Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura

Guimarães é a Capital Europeia da Cultura do ano 2012 em parceria com a cidade de Maribor na Eslovénia.
Reza a história que foi em Guimarães que Portugal nasceu como país e este facto leva-se muito a sério na cidade: ama-se a liberdade, sente-se orgulho no seu passado e nas suas gentes é uma cidade com história.
Este ano já visitei Guimarães, é uma cidade relativamente pequena, bem cuidada e nota-se o trabalho desenvolvido para receber a Capital Europeia da Cultura. Um fim-de-semana é suficiente para conhecer a cidade e um pouco da região, dar um "pulo" ao Porto, Fafe ou Braga é obrigatório. Aproveitar que Braga este ano também é Capital Europeia da Juventude e terá diversos eventos, não esquecendo que é a cidade mais antiga do país e uma das mais antigas da cristandade.
Como o vídeo de Guimarães 2012 diz: Devemos viver, sentir, sorrir, descobrir, aprender, mostrar e apaixonar-nos todos os dias por tudo aquilo que nos rodeia e por todos os que nos querem bem.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Páscoa

Estamos em tempo de Páscoa, passaram 96 dias desde o inicio do ano, à 96 dias atrás estávamos a fazer projectos e acreditar que neste novo ano íamos fazer todo aquilo que desejávamos. 
Faltam 269 dias para terminar o ano, é neste momento que dizemos:
É tempo de começar de novo. Renascer. Renovar sonhos, esperanças e relacionamentos.
Páscoa Feliz para todos, todos os dias são dias para renascer!!!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Perdido

Encontrei este poema perdido entre milhares de papéis aqui em casa...




Ter o que se quer,
Ter o que não se quer,
Perder o que se tem,
E o que não se tem.

Talvez a vida seja uma sucessão de acasos
Em que num momento temos tudo e no outro nada
Este nada não pode resistir pois não tem força
A força que temos para lutar, para conseguirmos o que queremos.

Ter, querer e poder são em tudo diferentes mas iguais
Temos o que não queremos,
Queremos o que não temos,
E podemos ter tudo e o nada em coisas iguais...

Para que serve uma árvore para um milhão de pessoas?
Como se deve sentir esse pequeno ser?
Pequeno ser como eu, que vive por viver
Que sente, o que não deve sentir.

Sentimento profundo? Talvez.
Talvez porque nunca temos a verdade
Verdade que se deve transmitir logo
E não esperar pelo dia de amanhã.

Pois o amanhã, já é hoje
E o hoje já é passado
Águas passadas, são como verdades esquecidas
Esquecidas, mas recordadas

Recordadas, como as rosas que nascem no jardim
Que ao fim de dias já estão murchas,
Esse é o sentimento do amor
Que dura enquanto é bom e do dia para a noite murcha.

Murcha e não sabemos porquê
Porque somos egoístas e não queremos dar um pouco de nós
Este pouco, que já é pouco ou nada
Surge no vazio imenso.

Esse vazio pode durar dias, meses, anos ou séculos
Mas o tempo passa e o sentimento fica
Fica porque marca e não se esquece.

Pois esquecer é perder uma parte da nossa vida
Vida que é minha ou nossa dependendo de cada um
Pois uns são felizes porque têm o que querem
Os infelizes têm o que querem mas têm falta de algo...

E esse algo está patente bem neles
Só não repara quem não quer
Querer é ver uma luz que se pode alcançar
E um dia voltar a iluminar-se com ela.

Pois o amor são como as lâmpadas,
é bom enquanto está acesso,
Quando apagamos uma lâmpada
Estamos na escuridão e ficamos sem amor,

Depois de tudo recordo aqui sentado
Com o meu pensamento tudo o que vivi
Talvez um dia venha a saber o que realmente foi
Só queria que realmente me dissesses o que foi

Pois o sentimento inútil da inutilidade
Está patente num inútil, que vai mostrar
Como a inutilidade serve para muita coisa

Coisas da vida que realmente foram e não voltam a ser
Para voltarem a ser, tem de ser pensadas
Pensadas, medidas e calculadas
Pois um passo errado pode levar-nos para uma vida errada

Mais vale um passo atrás do que dois para a frente
E de seguida cair num beco sem saída
Ter medo de alguém e da reacção, mostra algo
Algo que sente, pois se não sentisse não teria medo

Para mim tudo é banal
Banal como um telemóvel
Que serve para telefonar e matar
Matar algo que existia.

Amanhã para mim tudo é diferente tudo mudou
Vou voltar a ver-te como eras para mim antes de te conhecer
Pois amanhã se calhar vou-me esconder e não aparcer
Ou então vou colocar de lado...


domingo, 1 de abril de 2012

Peddy paper Lisboa

Hoje, dia das mentiras (1 Abril) fomos realizar um peddy paper pelas ruas de Lisboa, onde o objectivo era procurar pormenores/detalhes e seguir as pistas indicadas subordinadas ao tema Terramoto de Lisboa de 1755 e Conquista do Castelo.
O jogo foi constituído por equipas de 5 elementos, onde foram testadas a capacidade de concentração e de observação.
Uma tarde diferente a passar por locais de Lisboa menos conhecidos e com paisagens únicas...

 Lisboa tem sempre o seu encanto!